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Tratamento para espinhas

Todo mundo tem um caso para contar de acne, seja o seu próprio caso ou o surgimento de um quadro mais grave de espinhas e cravos na família. Quando não estamos falando do famoso “espremer a espinha”, que pode ser o início do surgimento de muitas cicatrizes, podemos lidar, também, com o rosto todo formado de inflamações cutâneas, o que gera uma queda substancial na autoestima de quem tem que lidar com a doença.

A primeira informação que precisamos deixar clara é que quem sofre com o excesso de cravos e espinhas não está sozinho no mundo. A acne é uma patologia super comum: 85% das pessoas, em algum momento da vida, apresenta esse quadro. Nos adolescentes, a “época da acne”, o aparecimento das famosas espinhas é ainda mais “natural”: 80% dos jovens entre 11 e 19 anos sofrem com as inflamações nos poros do rosto, peito e costas.

Comumente, é a situação do rosto que mais incomoda, principalmente na idade em que as crianças passam a ser jovens e estão descobrindo as possibilidades estéticas.

Sendo assim, podemos tratar da acne como uma patologia com dois picos de incidência: o primeiro é na adolescência e o segundo é basicamente feminino, ocorrendo por volta dos 25-30 anos, na chamada acne da mulher adulta.

Um ponto que gosto de chamar a atenção quando falo desse assunto é que a acne é uma doença autolimitada. Ou seja, tem cura espontânea, mesmo sem tratamento. Muita gente pode ter acne e, simplesmente, parar de ter, sem precisar procurar um dermatologista.

Isso nos leva a uma reflexão:

Por que, então, a gente trata a acne?

O primeiro motivo é pelo incômodo gerado por essa lesão inflamatória, que é antiestética. Dependendo da gravidade do caso, a pessoa perde até a vontade de sair de casa, gerando quadros iniciais que vão da timidez até a depressão.

Mas o segundo motivo, que, dermatologicamente, é tão importante quanto o primeiro, é para que se possa evitar as cicatrizes de acne. No geral, elas são muito difíceis – e, em alguns casos, impossíveis – de ser retiradas completamente. Ou seja: enquanto a acne pode ser um quadro passageiro, tratável em diversos protocolos ou que sequer requeira tratamentos, as cicatrizes são para a vida toda.

Pensando por esse lado de a acne ser uma patologia que se cura e que, quando necessário, a gente trata para evitar cicatrizes, o critério para melhores resultados é iniciar os protocolos de tratamento o quanto antes. Começou a ter acne e não quer lidar com isso? Procure um dermatologista. Deixar para pensar na resolução do problema quando o rosto já está repleto de cicatrizes de acne dificulta os processos médicos e os resultados esperados.

Então, hoje em dia, a orientação em qualquer clínica dermatológica é que o tratamento anti-acne seja realizado o mais precocemente possível, de forma a debelar essa condição. E, mesmo que você já não tenha mais treze anos, lembre-se que, ainda assim, quanto antes um dermatologista for consultado, maiores são suas chances de se livrar do problema.

Principais tratamentos contra a acne

Se você não é uma das pessoas com “sorte” de ter um quadro que se cure sozinho, sem a necessidade de intervenções medicamentosas, não precisa se desesperar: existem tratamentos contra a acne que são muito eficazes e podem dirimir, de uma vez por todas, a ação inflamatória da pele.

O tratamento da acne não é estático. Trata-se de protocolo escalonável, em que o dermatologista sobe os níveis de atuação de acordo com a resposta de cada paciente. A metáfora para as terapias contra a acne é uma escada: vamos subindo de degrau em degrau, até chegarmos em uma situação que nenhuma linha de tratamento é mais necessária, uma vez que os resultados foram obtidos com sucesso.

A base do tratamento é um bom sabonete de controle de oleosidade, além de produtos que controlem a inflamação e, também, as taxas de produção sebácea. Aqui, podemos citar produtos com ácido retinóico, peróxido de benzoíla e ácido azeláico. Como o próprio nome diz, os ativos são ácidos e, por isso, esse tipo de produto deve ser utilizado apenas com orientação médica, e de acordo com as indicações de horário passadas pelo dermatologista.

Condições de alergia ou gravidez devem ser sempre informadas ao dermatologista para que a terapia contra acne não desencadeie problemas sequenciais.

A partir da base, vamos ao segundo degrau do tratamento, que são os antibióticos de uso oral, como doxiciclina, tetraciclina, limeciclina, que são usados em geral de dois a três meses e apresentam eficácia razoável. Esses remédios são vendidos apenas com receita médica e, novamente, devem ser utilizados mediante recomendação, e com muita parcimônia.

O terceiro degrau do tratamento anti-acne é o uso da isotretinoína – o famoso Roacutan®, que tem maior taxa de eficácia contra acne, mas indicado em casos selecionados. É um tratamento que dura de cinco a oito meses (ou, às vezes, mais!) e tem a função de atrofiar as glândulas sebáceas, tratando a acne infamatória. A chance da acne voltar com a administração da isotretinoína é bem menor quando comparada a outros tipos de tratamento.

Apesar de ter o maior índice de eficácia a longo prazo, o Roacutan® apresenta inúmeras restrições. Por isso, não o utilize sem o devido acompanhamento médico. Em mulheres grávidas, por exemplo, a substância pode causar aborto ou má-formação grave do feto.

Tratamentos não-medicamentosos contra a acne

Até agora, falamos dos tratamentos medicamentosos contra a acne, mas existem, também, os que não envolvem remédios propriamente ditos. Em geral, existem tratamentos em clínicas dermatológicas que auxiliam muito no processo de eliminação da patologia.

A limpeza de pele, por exemplo, quando bem feita, faz a extração manual dos cravos. Na linha cronológica, o cravo é a lesão que inflama e vira espinha. Por isso, precisamos tratar também o cravo, e não só as lesões inflamatórias.

Cuidado, no entanto, do que chamamos de limpeza de pele: extrair os cravos não significa espremê-los com as unhas, em qualquer lugar. Isso gera ainda mais chances de aparecimento de cicatrizes, fora as infecções e inflamações decorrentes da sujeira das mãos. A extração de cravos e espinhas demanda técnica para ser feita sem agressão ao rosto e só deve ser feita com supervisão dermatológica.

Um segundo tratamento clínico muito utilizado para acne é o peeling. O termo, que, em inglês, significa “descamação”, requer o uso de produtos cáusticos, que fazem a descamação controlada da pele através de diversos ácidos, como o salicílico e o retinoico. Eles são úteis para tratar a acne e controlar a oleosidade, além de melhorar as manchinhas que são consequentes da doença. De modo geral, são necessárias de três a cinco sessões de peeling para o aparecimento de resultados.

O terceiro protocolo comum a quem quer tratar as acnes é a utilização da luz de LED. Sabemos que o LED vermelho é anti-inflamatório, muito eficaz contra lesões inflamatórias, principalmente as causadas pela acne. Nesse protocolo, são indicadas duas sessões por semana.

Existe também o LED azul, com efeito bactericida, que pode ser aplicado na mesma sessão do vermelho. Ele ajuda a controlar as bactérias que, sabidamente, são causadoras da acne, tornando ainda mais baixas as taxas de reaparecimento da condição.

A vantagem do tratamento de LED contra acne é que ele não apresenta nenhuma contraindicação: pode ser feito em gestantes, não gera descamação da pele e nenhum tipo de agressão ou calor.

Por último, existem os aparelhos a laser. A tecnologia chamada ND Yag consegue controlar lesões causadas por inflamações da pele de maneira efetiva. Aqui na Clínica Lucas Miranda a gente trabalha o ND Yag através da marca Spectra XT®, que controla a flora bacteriana e o processo inflamatório.

Para o laser, geralmente, o indicado é uma sessão a cada 15 dias. A maioria dos pacientes consegue ter resultados com três sessões. O Spectra XT® não gera descamação e o paciente pode voltar imediatamente às suas atividades e é completamente indolor.

Essas são as principais formas de tratamento contra acne, cravos e espinhas. É sempre bom lembrar que, nos estágios iniciais, o tratamento começa em casa: sem espremer, utilizando os cosméticos adequados ao tipo de pele e procurando ajuda médica assim que a situação pareça estar “fugindo do controle”.

Se quiser entender melhor seu caso clínico, agende uma consulta para que possamos avaliar sua atual situação com a acne e optar pelo melhor protocolo a se seguir. Em Belo Horizonte, a Clínica Lucas Miranda é um centro de referência de tratamento a laser para acnes, além de todos os outros tipos de tratamento citados nesse artigo.

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