No inverno, algumas doenças de pele ocorrem com mais frequência, e podemos chamá-las de doenças de pele típicas do inverno. Gostaria de destacar duas destas doenças: a dermatite atópica e a psoríase.
O termo atópico define o indivíduo que é alérgico, que tem asma, rinite e uma pele extremamente seca. Para se ter uma noção, 70% das pessoas com dermatite atópica apresentam casos de asma ou rinite alérgica na família.
A dermatite de contato é quando entramos em contato com determinada substância que cause uma reação no organismo, já a dermatite atópica é definida com uma doença inflamatória crônica da pele que acomete, principalmente, crianças. Existem estudos que comprovam que 75% dos casos de dermatite atópica são em crianças e 25% destas crianças tendem a permanecer com essa doença até a fase adulta.
Em geral, o quadro clínico da dermatite atópica pode melhorar na puberdade, porém alguns jovens que já passaram da fase de pré-adolescência continuam com alguns sintomas da doença.
A dermatite atópica costuma se agravar no inverno, pois, além do ar ficar mais seco nesta época do ano, algumas pessoas optam por tomar banhos mais quentes e demorados. A prática de banhos mais quentes faz com que haja perda de hidratação natural da pele, aumentando os riscos do surgimento da dermatite.
A característica principal da dermatite atópica é uma pele muito seca, além de coceira, vermelhidão, erupção cutânea e descamação. A coceira pode levar a lesões da pele pela unha, o que facilita a invasão e contaminação das feridas por bactérias, principalmente o Staphylococcus aureus.
Outra doença que se intensifica com a chegada do inverno é a psoríase. A psoríase é uma doença inflamatória crônica da pele, não contagiosa e caracterizada como placas vermelhas descamativas pelo corpo, principalmente nas palmas das mãos, nos joelhos, cotovelos e, em alguns casos, no couro cabeludo.
A psoríase tende a melhorar com a exposição ao sol e, por isso, é mais comum nesta época do ano em que as pessoas tomam menos sol. O sol é um aliado no tratamento desta doença prevenindo o ressecamento da pele e diminuindo a proliferação celular.
É importante ressaltar que esta exposição tem que ser feita de maneira controlada, pois passar muito tempo em contato com os raios UV pode desencadear novas lesões.
Para o tratamento de doenças de pele típicas do inverno é importante fortalecer a barreira da pele usando hidratantes específicos. Outro cuidado eficiente para esta época do ano é ingerir dois litros de água por dia, a fim de manter a pele sempre hidratada.
Evite o uso de buchas e sabonetes abrasivos, especialmente os antissépticos, pois favorecem a retirada do óleo natural da pele, deixando-a desprotegida. Não deixe de tomar sol com moderação e proteção adequada.
Em casos de dermatites graves e sintomas persistentes, cujas reações são mais intensas, não deixe de procurar orientação médica.
Você pode deixar aqui nos comentários suas dúvidas sobre as doenças típicas do inverno.
Se preferir, entre em contato com a Clínica Lucas Miranda e agende o seu horário para ter o diagnóstico e tratamentos adequados.